
Hoje faz exatamente uma semana que estou em terras holandesas. Enquanto por aqui o frio ainda impera, -2 graus, o trabalho de vários artistas advindos das mais diversas áreas faz com que as pessoas saiam do conforto de suas casas para prestigiar a vida cultural que Leiden oferece.
Um exemplo, é o evento NIET NORMAAL que aconteceu no final de semana passado: 27 e 28 de fevereiro, nas instalações do espaço Scheltema Complex, e, em De beurs van Berlage, em Amsterdam até 8 de março de 2010.
Composto por exposição, dança, cinema e teatro o evento enfatiza que "nada é normal".
Um dos espetáculos da noite:
Uma sala escura com uma pequena plateia sentada em semi-círculo. No escuro ruídos, sons que lembravam alguém tocando um instrumento de percussão. Pouco-a-pouco, o som aumentava e podía-se ouvir outras batidas que ia aumentando e com ela a musicalidade! A medida em que o som ia mudando de ritmo as luzes iam, pouco a pouco, iluminando uma coluna no centro da sala. E quem estava apenas a ouvir na plateia, passa a presenciar outra experiência: ao invés de um concerto, um espetáculo de dança.
Com as luzes acessas novos elementos do cenário são apresentados. Além da coluna no centro da sala, tapumes fechavam um círculo por trás da plateia. Somente neste momento descobrimos que o som advinha, de bengalas usadas por bailarinos cegos, e não de instrumentos de percussão. O espetáculo continua e nos damos conta da relatividade de todas as coisas. O que significa ser e esta cego? Até as luzes serem acessas estávamos diante de um espetáculo totalmente diferente daquele que estava sendo apresentado com as luzes acessas: bailarinos com roupas comuns e óculos escuros, dançavam/andavam ao som que produziam com sapatos de sapateado e bengalas.
E, em Floripa acontece um simpósio em comemoração aos 60 anos do professor e crítico Raúl Antelo. Até que enfim "el sesenton se senta"!
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