Thalassa, thalassa
Não sabemos do mar.
O dia nos confina entre a pobre matéria da madeira calada
Entre os pássaros ocos, os cavalos de força e a mucosa
eletrônica
E à noite adoramos o Sol de Galalite e o Poderoso às de
Espadas
Enquanto os cinocéfalos correm sobre os nossos telhados
Aguardando a Mulher-Nua que há de aparecer com seus
pequenos seios
Bela como o almíscar que rói as pituitárias
E as zibelinas mortas em torno de suas nádegas de prata.Haroldo de Campos
Nenhum comentário:
Postar um comentário