Desenho estrelado, 2017.
De repente tudo vem à tona, a vida se renova a cada dia, a cada encontro, a cada aula e a certeza de que tudo está no seu lugar deixa a alma tranquila. Esse desenho bordado surge depois de um longo período de uma produção intelectual intensa, depois de muita vontade retraída, de desculpas esfarrapadas. Depois de uma visita a uma exposição que acendeu, que iluminou a vontade de fazer com as mãos. Depois de uma conversa com uma amiga decidi que estava na hora de criar o espaço para pôr a "mão no desenho|bordado", para dar continuidade aquilo que estava latente no texto, lá no fundo, escondidinho, naquele espaço que num passado, não muito distante, era presente, era vital. Quase sem explicação, o fazer com os restos materiais foram voltados para a palavra escrita, acadêmica o que fez com que o lúdico fosse aos poucos deixado um pouco de lado, ou trabalhado de outra maneira... mas, como se sabe o que move a vida, a criatividade, o fazer sempre transborda e vem à tona, eis o resultado. Fico feliz com a continuidade que revela uma necessidade vital de criação. Agradeço também aos meus alunos que ajudam a mover-me com o entusiasmo de cada aula sobre a literatura, sobre as galinhas (como não lembrar de Clarice Lispector), as frangas (do Caio Fernando Abreu), a vida ...
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