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20 de março de 2011

Paris-Chartres

"De toutes les Bibles de pierre que sont les grandes cathédrales, l'architecture, les vitraux et la statuaire de Notre-Dame de Chartres en font un véritable chef-d'oeuvre. Inscrite au Patrimoine Mondial en 1979, elle est un Haut-lieu du Christianisme."

Do lado de fora da Catedral de Notre-dame de Chartres encontramos o anjo do "tempo". Este anjo me fez lembrar não somente das maravilhas vistas há anos atrás, em slides e em livros nas aulas de História da Arte, mas também, do anjo da história, o Angelus novus, de Paul klee, que abre as teses "Sobre o conceito de história" de Walter Benjamin.
Ao mesmo tempo, outros anjos foram surgindo com o "clicar" da minha pequena Nikon. E entre os anjos figuras decaptadas sugem, fortes e nos apontam, não somente o processo temporal, mas o histórico revelador de momentos duros, momentos que marcaram e deixaram as suas marcas pofundas e tristes na sociedade e nessas "Bíblias" de pedra!
O primeiro vitral e, também, o mais famoso "Notre-Dame de la Belle-Verrièrre data do século XII. Os demais, não menos interessantes e grandiosos!

La Cathédrale de Notre-Dame de Chartres(detalhe-interior)
Atualmente, trabalhos de restauração revelam que a catedral cinza e escura tão conhecida pelas torres díspares: uma no estilo romano (103 m), que foi "poupada" do incêndio ocorrido em 1194, datando do século XII; e a outra uma construção gótica flamboyante (115 m) do início do século XVI.

A caminho do Centre Georges Pompidou-Paris.
Estar em Paris é especial! Não somente pelas coisas que vemos, que comemos, mas pelos livros que foram lidos e retornam em cada esquina. Para mim estar em Paris é estar com Hemingway, com Vila-Matas, com Valêncio Xavier. Estar em determinados lugares e tentar lembrar de todas as referências e de todas as cenas de Paris é uma festa, por exemplo. Cheguei em Paris e fui direto ao Beaubourg para ver a exposição de Mondrian com o grupo de Stijl. Uma maravilha! Uma exposição completíssima, e que exigia muito mais que três horas de visitação. Mas, depois três horas eu estava exausta e precisando de um café!
Ah! Esqueci de dizer que o que me levou a pensar em Hemingway foi justamente a cena do café! Quando cheguei em Paris a cidade estava cinza! Não chovia como em Paris é uma festa! Mas, quando sai do Centre Georges Pompidou caia uma garoa, que me deixou um pouquinho mais feliz, já que o sol da primavera não dava a graça da presença! Enfim, fui para o café e lógico que fiquei a observar se alguma pessoa iria entrar sozinha... depois me distrai e abandonei Hemingway e concentrei-me no meu crepe, na conversa com as amigas, nos gestos dos garçons, na dança das sombrinhas! E sai...


Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz, você precisa aprender a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. Mário Quintana

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